Curso de Jornalismo lança selo e ações alusivas aos 25 anos

texto: Emilly Bueno e João Pedro Zatta Grolli *
Na data em que comemoramos o Dia Mundial da Liberdade Imprensa, 3 de maio, o curso de Jornalismo da Unochapecó promoveu o evento 'Formação e Informação: Jornalismo em debate'. Durante o evento, o curso lançou o selo alusivo aos seus 25 anos de história na instituição, juntamente com outras ações comemorativas.
O coordenador do curso, professor Francesco Flavio da Silva, destaca que o curso de Jornalismo já formou 367 profissionais que atuam na região, no país e até fora dele. "É emocionante perceber como os graduados em Jornalismo da Unochapecó transformam a região e os ambientes em que atuam. Neste ano, celebramos o curso e a sua relevância para o jornalismo, em especial para o Oeste catarinense", destaca.
Entre as ações que ocorrem neste ano estão, além do evento sobre a importância da formação, a Aula Magna com a jornalista Angela Bastos, um Coquetel dos 25 Anos a ser realizado durante a Efapi, a Reconecta (aula da saudade com a 1a turma de Jornalismo), palestras, Viagem Cultural a Buenos Aires, Intercom Sul - Guarapuava, Capacitação para Jornalistas em zona de conflito - Guarapuava e a Maratona Fotográfica (em parceria com o Pollen Parque).
Esta última foi lançada durante o evento pela professora Angélica Lüersen e o agente de inovação do Pollen, Vinicios Mossi. A Maratona Fotográfica ocorre no dia 20 de maio e está com inscrições abertas até o dia 18 de maio, via formulário. Interessados, podem acessar o regulamento.
Para a acadêmica Luísa Knorst Deotti, do primeiro período do curso de Jornalismo da Unochapecó, fazer parte dos 25 anos é uma oportunidade única. "Um momento histórico da instituição. É um momento de celebrar o legado e reconhecer todos aqueles que por aqui já passaram. Ainda, é muito lindo ver as comemorações sendo preparadas com muito carinho, por aqueles que tanto amam a profissão e a instituição que servem", salienta.
Já para a estudante do terceiro período, Angélica Albuquerque, os 25 anos representam um marco histórico para a Unochapecó e para a imprensa do oeste catarinense. "O curso vem formando profissionais capacitados que fazem a diferença nos veículos e empresas em que atuam", relata.
A mesa-redonda intitulada 'Formação e Informação: Jornalismo em debate', foi mediada pelo professor Hugo Paulo Gandolfi de Oliveira e abordou, além da PEC do Diploma, a organização dos Sindicatos dos Jornalistas e as suas lutas.
Durante o debate sobre a importância do diploma, a vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina (SJSC) e Secretária de Educação e Aperfeiçoamento Profissional da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Valci Zuculoto, destacou o histórico da regulamentação da profissão. Ela explicou que o exercício da profissão por jornalistas formados não impede que as pessoas se expressem através dos veículos de comunicação, mas garante que a diversidade de pensamentos e opiniões continue presente no jornalismo.
Valci destaca que o SJSC foi um dos que mais atuou na luta pelo diploma e salienta a importância de fortalecer o mesmo. Ela comenta a necessidade da presença de estudantes, professores e profissionais a fim de fortalecer a consciência, a luta da classe jornalística e pela obrigatoriedade do diploma.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê a volta da obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo já foi aprovada no Senado Federal. Agora, segundo a presidente da FENAJ, Samira de Castro, a luta continua mais desafiadora e forte, por ser na Câmara dos Deputados. Ela explica que há um número maior de parlamentares a serem convencidos de que o diploma em nível superior específico em jornalismo é fundamental para a democracia.
A jornalista e empreendedora Sonia Giaretta falou a respeito da responsabilidade do jornalista, declarou que muitos conseguem fazer a parte factual do trabalho jornalístico, mas somente um bom profissional é capaz de selecionar a informação, e saber como levá-la corretamente para o público. Para ela, esse cuidado e a seleção apurada da informação, só pode ser adquirida através da graduação. Enquanto o jornalista Darci Debona afirmou que para ser um profissional capacitado é necessário buscar a capacitação, que se dá por intermédio da formação acadêmica.
Para os estudantes presentes, o evento foi uma oportunidade de se inserir no debate da volta da obrigatoriedade do diploma. "Jornalismo tem que ser feito por jornalista. Jornalistas com diploma conseguem alinhar conhecimentos teóricos com a prática, pois estudaram para isso, então a PEC é uma valorização para o profissional da área, e motiva muitos a seguirem nessa profissão", relata a acadêmica Angélica. Para Luísa, a importância da PEC está justamente relacionada com a necessidade de garantir uma qualificação profissional e ética dos futuros jornalistas. "É uma busca para assegurar que esses profissionais tenham o conhecimento teórico e prático para atuar com competência e responsabilidade", frisa.
* estagiários da ACIN-Jornalismo sob supervisão da jornalista Eliane Taffarel.
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