Texto Tuanny de Paula*

 

 

Desde a primeira vez que Nega brincou com uma bola de futebol, se apaixonou. Os primeiros chutes e dribles foram na rua e, depois disso, ficar no banco não foi uma opção para ela. Caroline da Silva Marciano, conhecida pelo apelido de Nega, se inspirou nos exemplos de seu pai e seu tio e seguiu o sonho de ser jogadora. Apesar dos preconceitos que existiam e ainda existem sobre mulheres no futebol, ela teve o apoio do seu pai. "Eu sempre ouvi palavras positivas dele".

Muitas vezes precisou caminhar mais de duas horas para chegar ao local de treinamento, pois o seu pai estava desempregado e não conseguia dinheiro para pagar a passagem de ônibus. As dificuldades foram muitas, mas desistir nunca foi uma opção. "Foi uma época muito difícil, foi muito difícil porque não podia faltar, eu não queria faltar, eu poderia, mas eu sempre quis ser a melhor", comenta.

Indicada duas vezes como melhor jogadora de futsal do mundo, Nega é atleta da Equipe Female, apoiada pela Unochapecó. O resultado dessas conquistas são o resultado de nunca ter faltado a um treino e de seguir a qualidade perfeccionista de seu pai. Cada passo em quadra é para honrar a memória dele e agradecer a todos os momentos que ele se esforçou para vê-la bem. "Hoje eu jogo para ser feliz e pra onde quer que ele esteja, pra ele ver que o nosso sonho deu certo".

Projeto Histórias Inspiradoras
Você pode conhecer um pouco mais sobre a trajetória de Caroline da Silva Marciano, a Nega, no quinto episódio da Série Histórias Inspiradoras, um projeto desenvolvido com muito carinho pela Unochapecó. Os quatro primeiros vídeos estão no canal do Youtube da Instituição. Os teasers das histórias também são veiculados nas telas do cinema do Shopping Pátio Chapecó, antes da exibição dos filmes em cartaz.

 

 

*Estagiária, sob orientação de Greici Audibert