O viver no rural e no urbano

Texto Gabriel Kreutz*
Estamos situados numa região cheia de diversidades, tanto na questão geográfica, quanto nos modos de viver. Apesar de, em sua essência, o Oeste catarinense ser rural, não é possível elencar uma forma padrão de como é viver neste meio. O contraste desta realidade varia entre a agricultura cabocla, de colonos, a indígena, a familiar e a moderna, com alta tecnologia. Os estudos sobre estas realidades, assim como das diversas formas de viver a cidade, são tema do evento 'Ruralidades-Urbanidades: potencialidades e desafios para o desenvolvimento', promovido pelo Mestrado em Políticas Sociais e Dinâmicas Regionais da Unochapecó. As atividades, que acontecem na Universidade, iniciaram ontem (11/04) e seguem até hoje (12/04), com apresentações de trabalhos, mesas-redondas e palestras.
Dentro do evento estão englobados o IV Seminário Nacional de Planejamento e Desenvolvimento – SNPD; III Seminário Território, Territorialidades e Desenvolvimento Regional; e VI Encontro dos Mestrados Profissionais da Área Planejamento Urbano e Regional/Demografia - Purd/Capes. Professores e pesquisadores de diversas partes do Brasil, das mais variadas áreas do conhecimento, participam da programação. Além disso, palestrantes internacionais também integram o evento, como o uruguaio Alberto Riella, que falou na abertura do evento sobre o tema 'As inter-relações entre os territórios rurais e o desenvolvimento regional'.
"Estão participando do evento professores de Universidades de diversos lugares do Brasil, como Bahia, Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. Também participam apresentando trabalhos estudantes de diversos locais. O evento tem uma dimensão que é regional, mas também nacional neste sentido dos participantes. Temos todas áreas do conhecimento envolvidas, como a Psicologia, Arquitetura e Urbanismo, Sociologia e Agronomia. Por isso também é um evento multidisciplinar", explica uma das organizadoras do evento, professora Hieda Maria Pagliosa Corona.
Ela conta que o tema foi elaborado justamente pensando na região, mas que pode ser amplamente discutido no âmbito nacional. "O tema do evento é bastante contemporâneo, em relação às grandes questões que estão colocadas hoje. O objetivo é pensarmos as interações que existem entre as ruralidades, ou seja, formas de viver o rural, pois são mais de uma, e as urbanidades, que também existem diferentes questões e formas de viver a cidade. Isso nos instigou a pensar que temos que tratar essas inter-relações entre o rural e o urbano nos estudos que a gente faz". A professora complementa que, ao olhar para esses modos de viver e essas diversidades, é pois é possível entender que a região é mais do que apenas uma dimensão, é multidimensional.
De acordo com o pró-reitor de Pesquisa, Extensão, Inovação e Pós-Graduação da Unochapecó, professor Leonel Piovezana, o evento e o mestrado têm uma importância muito grande para a região, que também se destaca pelos movimentos sociais. "A Universidade é um fator fundamental para o desenvolvimento regional. Se olharmos para Chapecó antes de termos estes programas e o que a cidade é depois, a diferença é muito visível. Nossa região se destaca justamente por ser o berço de alguns movimentos sociais, como o Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Por isso a necessidade do mestrado, para estudar estas e outras questões", finaliza o professor.
*Jornalista do Núcleo de Produção de Conteúdo (NPC) - Unochapecó
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