Texto Gabriel Kreutz*

 

A relação entre a Unochapecó e as Unidades Básicas de Saúde é essencial. De um lado, são formados novos profissionais, baseados nos conceitos éticos de cada profissão. De outro, o trabalho direto com o atendimento aos cidadãos e a importância do cuidado com as pessoas. Para que os dois lados reflitam sobre o atendimento e o que pode ser melhorado, a Universidade e a Secretaria de Saúde de Chapecó realizaram a atividade 'Humaniza', na sexta-feira (31/08).

O evento, realizado na sede da Associação dos Servidores da Fundeste/Unochapecó (Asser), reuniu profissionais do Centro de Saúde da Família da Linha Cachoeira, Goio-En, Vila Real e Cristo Rei. Participaram médicos, enfermeiros, dentistas, educadores físicos, assistentes sociais, psicólogos, farmacêuticos e nutricionistas. Também estiveram presentes gestores, professores da Universidade, estudantes de Educação Física da Unochapecó que estão realizando estágio, além de acadêmicos de outros cursos da área da Saúde que também atuam como estagiários nas Unidades.

O professor coordenador da atividade, Altamir Trevisan Dutra, destaca que este contato direto com a realidade do atendimento à saúde é essencial para a formação dos novos profissionais. ''A Unochapecó busca vencer as barreiras da academia e trabalhar diretamente com os funcionários e usuários nas comunidades, vendo de que maneira podemos formar um profissional mais focado na realidade do Sistema Único de Saúde (SUS) que temos no Brasil''.

A professora do curso de Farmácia da Unochapecó, Ana Cristina Acorsi, conta que esse projeto já foi pensado no ano passado, junto com a Secretaria de Saúde do município. ''Estamos realizando estas ações justamente para priorizar alguns conceitos nos processos de humanização, que envolve o gestor, o usuário, o profissional de saúde e também os nossos estudantes, que acabam ocupando este espaço''.

 

Metodologia

Os participantes foram divididos em grupos e participaram de uma atividade chamada de 'Trilha Interpretativa'. ''Saímos do espaço de trabalho deles, pois uma das problemáticas é o acolhimento, e este espaço aberto faz com que eles percebam elementos da natureza ao seu redor. Eles foram divididos em grupos, que vão passando por várias estações e em cada uma delas eles trabalham um conceito da política nacional de humanização'', explica a professora.

No fim do evento, todos se reuniram e foram discutidas as principais questões levantadas. ''Depois, organizamos todo o material produzido por eles e entregamos para a Secretaria de Saúde em forma de relatório sobre o que já é feito, como é feito e o que pode ser melhorado'', finaliza Ana.

 

*Jornalista do Núcleo de Produção de Conteúdo (NPC) - Unochapecó